O Blog "cinemaeteatro" é um site especializado em filmes, peças, seriados e jogos. Nele Felipe e Fernando darão suas - nem sempre tão boas - opiniões sobre o que está passando no momento no Brasil e no mundo.
Nome Original: Apollo 18 Gênero: Ficção Científica / Terror Direção: Gonzalo López-Gallego Roteiro: Brian Miller Atores: Warren Christie, Lloyd Owen e Ryan Robbins
10 reais e 86 minutos de vida que eu nunca mais vou ver. Acho que essa é a melhor maneira de descrever esse filme, que sem dúvida alguma foi o pior que assisti no ano.
O filme começa com uma mensagem que diz que tudo o que será visto não é um filme, e sim um conjunto de filmagens encontrado pela equipe de produção, que foi editado e rearranjado para que o público entendesse mais ou menos a cadeia de eventos, que explica que a missão Apollo 18 nunca foi cancelada. Segundo esse conjunto de imagens "encontrado misteriosamente" ela na verdade aconteceu, só que de uma forma ultra secreta, sendo que nenhum dos astronautas retornou ao planeta Terra.
No meu ver, a história é uma tentativa muito mal sucedida de pegar o espírito do filme Bruxa de Blair, pois várias das cenas são vistas em primeira pessoa. Acho que o roteirista escreveu a história em 25 minutos, porque é tudo muito ruim. Em alguns momentos é possível perceber que ele tentou criar uma cena assustadora, ou pelo menos um pouco tensa, mas eu fiquei com a sensação de que se estivesse assistindo Clube do Terror, da Nickelodeon, estaria mais assustado.
Resumidamente é um filme que da sono, pois não acontece praticamente nada, e os 86 minutos parecem ser eternos. Não vou nem me alongar a respeito do motivo dos astronautas não voltarem à Terra, pois só de lembrar eu começo a ficar deprimido.
Minha dica é: não assistam, mas se o fizerem lembrem de mim assim que o filme acabar, ou quando vocês decidirem mudar de canal para algo mais assustador, como Bob Esponja.
Nome Original: The Tree of Life Gênero: Drama Direção: Terrence Malick Roteiro: Terrence Malick Atores: Brad Pitt, Sean Penn, Jessica Chastain, Hunter McCracken, Laramie Eppler, Tye Sheridan e Fiona Shaw
Primeiramente gostaria de dizer que esse é um filme que foge do ordinário e dos padrões com os quais estamos acostumados, e por isso, pode não agradar muitos que costumam ir ao cinema em busca de distração. O longa, que levou 4 anos para ser editado, deve ser visto mais como uma reflexão do que como um mero entretenimento, e pode levar a diversas discussões de teor altamente filosófico, principalmente pelo fato de discutir as virtudes da força divina contra a natureza terrena, chegando a falar até da origem do universo.
A história gira em torno de Jack, um arquiteto vivido por Sean Penn, que relembra diversos momentos de sua infância, vivida no Texas na década de 50. Já no início do filme, descobrimos que seu irmão mais velho faleceu aos 19 anos, quando vemos sua mãe receber um telegrama com a notícia, porém, a maior parte da história se passa cerca de 7 anos antes. O enredo mostra basicamente a contrastante personalidade do pai, um homem rígido, que não admite desrespeito e trata os filhos como subordinados que devem acatar a todas as suas ordens, e a mãe, uma mulher carinhosa e que os ama incondicionalmente.
A trama, serve de pretexto para uma reflexão teológica e filosófica enorme, principalmente pelo fato de o filme fugir do convencional e não seguir uma história linear. Durante a projeção somos apresentados a imagens belíssimas, que a primeira vista aparentam não ter nada a ver com o enredo, desde a simplicidade de um pequeno inseto até o Big Bang. Em meio a tantas imagens ouvimos reflexões em off de alguns personagens, que fazem perguntas aparentemente banais, mas que escondem um alto teor filosófico. "Onde você mora?" revela uma dúvida não só sobre o local onde Deus mora, mas sim se ele realmente existe, "Por que eu devo ser bom se você não é?" mostra o abismo que separa o que dizemos e o que fazemos, e quais são os impactos de nossas ações e "Ele envia moscas às feridas que devia curar" mostra uma profunda revolta, e a sensação de que não temos o controle absoluto sobre nossos destinos, e que muitas vezes sofremos grandes baques, e não sabemos exatamente como reagir.
É importante entender que as muitas imagens apresentadas no filme também podem ser vistas como uma reflexão. Coisas simples como uma brincadeira do pai com os filhos, o voo dos pássaros pelo céu, uma forte chuva ou uma enorme cachoeira mostram o poder da natureza, e nos faz pensar o quão insignificantes cada um de nós somos individualmente, o que pode ser visto como uma nova metáfora na discussão "homem e Deus".
O filme, que muda de época constantemente, ora mostrando a relação das crianças com os pais, ora mostrando um dos filhos já crescido, e como essa relação moldou sua personalidade mostra que talvez o mais importante seja que a cada momento somos colocados em encruzilhadas, e que nossas escolhas não só nos influenciam, mas também a todos que estão ao nosso redor. Esse contraste apresentado durante toda o longa, que em alguns momentos nos faz sentir pequenos e frágeis, e em outros nos faz achar que somos poderosos, e temos controle não só sobre nosso destino, mas também sobre o destino dos outros talvez seja a maior reflexão do filme. Afinal, a principal pergunta, que talvez seja uma das mais difíceis de enxergar é "o homem é uma criação de Deus ou deus é uma criação do homem?".
Indico o filme a todos que estão dispostos a sair do seu conforto por pouco mais de 2 horas e refletir a repeito de um tema que muitas vezes não debatemos, ou quando o fazemos, não ouvimos a opinião dos outros e apenas repetimos o texto que nos foi ensinado, tentando-os convencer de que nós estamos certos e que praticamente todos os outros estão errados. Confesso que é um filme pesado, e que não é o tipo que compramos para assistir em um dia de chuva, e sim um que assistimos quando estamos um pouco mais inspirados e dispostos a pensar. Vale a pena não só pela reflexão, mas também pela ótima atuação de Brad Pitt e dos atores mirins, e da brilhante fotografia, que deixaria qualquer repórter do National Geographic com inveja.
Nome Original: Super 8 Gênero: Ficção Científica Direção: J. J. Abrams Roteiro: J. J. Abrams Atores: Joel Courtney, Elle Fanning, Kyle Chandler, Ron Eldard, Noah Emmerich, Bruce Greenwood, David Gallagher, Riley Griffths e Michael Hitchcock
O que você espera de um filme de ficção científica que foi escrito e dirigido pelo criador de Lost e feito em homenagem aos filmes da década de 70 de Steven Spielberg, que por sinal, também é o produtor? Um dos melhores filmes do ano certo? Hell Yeah!!
A história se passa em 1979, e gira em torno de Joe Lamb, um garoto de 14 anos e seu melhor amigo Charles, que junto com seus amigos filmam pela cidade um filme amador sobre zumbis. Quando Charles convence Alice, a garota dos sonhos de Joe, a participar do filme, ela rouba o carro de seu pai e vai com os garotos e sua turma a uma estação de trem. Enquanto filmam, uma pick-up sobe nos trilhos e vai de encontro a um enorme trem, causando um acidente catastrófico. Nenhum deles se machuca, mas alguns fatos os levam a crer que a colisão não foi acidental. Nos dias que se seguem coisas estranhas começam a acontecer, geradores e motores de carros queimam, cachorros somem da cidade e a eletricidade passa a falhar. A partir daí a história vai ficando cada vez melhor, e acho que não convém dar mais spoilers.
O filme apresenta atores mirins muito bons, dentre eles Elle Fanning, a irmã mais nova de Dakota, e que tem tudo para se destacar nos próximos anos. A história é muito bem amarrada e conta com uma trilha sonora fantástica (composta por ninguém menos que Michael Giacchino). Não vou colocar no patamar de E.T., mas acho que é uma ótima homenagem aos bons filmes de Spielberg, pois me fez lembrar de ficções como Goonies e Jurassic Park, filmes em que é possível se divertir com as conversas de um grupo de amigos, ao mesmo tempo em que a cabeça vai a mil pensando "what the hell is going on????".
Arrisco dizer que é a melhor ficção científica do ano. Vai para a lista de "Must Watch" de 2011. Fica a seguinte observação para quem decidir assistir o filme: esperem um pouco quando começarem os créditos finais, pois tem uma cena bem legal enquanto os nomes descem pela telinha do cinema.
Nome Original: Bad Teacher Gênero: Comédia Direção: Jake Kasdan Roteiro: Lee Eisenberg e Gene Stupnitsky Atores: Cameron Diaz, Jason Segel, Justin Timberlake, Lucy Punch, John Michael Higgins, Molly Shannon, Eric Stonestreet, Phyllis Smith, Thomas Lennon e Noah Munck
Teve uma semana puxada e quer ir ao cinema para sentar, relaxar, não pensar em absolutamente nada e ainda dar umas risadas? Esse é o filme.
Cameron Diaz (com seus quase 40 anos, mas com carinha de 30) é uma professora horrível que pretende se casar com um ricaço pra poder aproveitar as coisas boas da vida e abandonar a profissão de professora, porém, quando toma um pé na bunda é obrigada a trabalhar, dividir um apartamento com um cara muito estranho e viver uma vida "pixulé".
Ao conhecer o professor substituto Scott (Justin Timberlake), um outro ricaço, ela decide jogar todas as fichas nele, só que para isso, se convence de que precisa de um novo par de peitos. O único problema é que eles custam US$ 10.000,00.
A partir daí vemos ela fazer de tudo para conseguir o dinheiro: desde lavar carros com uma roupa sexy até fazer os seus alunos se matarem de estudar para poder ganhar um bônus de US$ 5.700,00, que iria para o professor cuja classe se destaca-se no teste de conhecimento do estado.
Pontos positivos para Lucy Pinch, uma professora irritante, que disputa tudo com Cameron Diaz e para Jason Segel, o hilário professor de educação física da escola.
Nesse filme você verá tudo o que uma professora não deveria fazer, desde passar filmes para os alunos a aula inteira, até fumar maconha escondida no carro.
Vale lembrar que é uma das poucas comédias (dos últimos tempos) que é melhor que o trailer.